Os assassinatos do indigenista Bruno Araújo e Dom Philips na Amazônia Brasileira

Os assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Philips, mortos no coração da Amazônia, são um crime político. Segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari: “ambos eram defensores dos direitos humanos e morreram desempenhando atividades em benefício dos povos indígenas do Vale do Javari, pelo nosso direito ao bem-estar, pelo nosso direito ao território e aos recursos naturais que são nosso alimento e garantia de vida, não apenas da nossa vida, mas também da vida dos nossos parentes isolados”.
Bruno e Dom estavam a trabalho e visitaram a equipe da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí, para que o jornalista fizesse entrevistas com os indígenas. Após 11 dias do desaparecimento ocorrido em 6 de junho, seus corpos foram encontrados. São as mais recentes vítimas da longa guerra contra a floresta, seus povos e os que lutam em defesa da natureza.
Diante da gravidade dos fatos, o Comitê Diretor do CLACSO se solidariza com os familiares de Bruno e Dom, a UNIVAJA, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazonia Brasileira /COIAB, o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato/OPI e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil/APIB.
Reitera seu posicionamento de que sem reforma agrária na floresta e em outros biomas não haverá justiça climática.
Manifesta sua indignação com o tratamento discriminatório dado pelo Estado aos povos originários, em um perverso conluio com a iniciativa privada.
Conclama a sociedade brasileira a lutar pelos legítimos direitos de seus cidadãos e por uma política de prevenção do crime organizado que atua impunemente no Brasil.
Comité Directivo de CLACSO
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