Impacto económico de la violencia contra las mujeres
Seminario 2212
Cátedra: CLACSO
Coordinación: Marilane Teixeira Oliveira (Flacso Brasil)
Inicio: 20/04/2022 | Inscripción: 20/12/2021 al 19/04/2022
Carga horaria: 12 semanas – 90 horas.
Este seminário tem o objetivo de desenvolver uma abordagem interdisciplinar que articule as diversas áreas das ciências sociais e da economia para refletir sobre a necessidade de se reconceitualizar o termo trabalho incorporando novas dimensões. A esfera do trabalho reflete valores sociais que atribuem um papel secundário às mulheres e contribuem para a reprodução desses valores, o que pode ser observado através da divisão sexual do trabalho, da segmentação ocupacional, das barreiras ao acesso, à permanência e à promoção no emprego, das menores possibilidades de acesso à qualificação profissional e a remuneração igual à dos homens e a maior incidência de violência contra as mulheres, incluindo o ambiente de trabalho.
Além disso, as recentes mudanças no capitalismo têm levado a uma tendência à flexibilização do trabalho afetando de forma diferenciada as mulheres. Com isso crescem modalidades de contratação em que os direitos são negligenciados, a exemplo do trabalho a domicílio, o trabalho doméstico remunerado, a terceirização, ocupações exercidas majoritariamente por mulheres e sem proteção. Esta condição de maior vulnerabilidade expõem as mulheres a situações de maior violência.
A precarização, ao atingir de forma mais aguda as mulheres, justifica a formulação de políticas públicas que assegurem o acesso aos direitos básicos e ações contra as desigualdades salariais e as práticas discriminatórias no mercado de trabalho. Por outro lado, nossa região vem sendo submetida às políticas de austeridade e ajuste fiscal com impactos mais acentuados sobre as mulheres, compreender como estas políticas são implementadas e de que forma afetam mais o gênero é um dos propositos deste seminário.
Esse seminário se situa dentro de uma perspectiva de processos históricos e sociais e discute como foi se conformando uma abordagem econômica que retira das mulheres o seu papel econômico. O pressuposto com o qual se trabalha é que há uma influência da teoria econômica predominante nessa definição do papel econômico das mulheres desprovida de valores sociais.
O seminário está estruturado em três momentos. O primeiro se propõem a contestar os modelos preconizados pela economia predominante e se propõem a um novo enfoque que integre a dinâmica da economia e o trabalho de reprodução com parte de um único sistema. Destaca-se, nessa abordagem, aquela que coloca no centro a sustentabilidade da vida humana.
O segundo momento analisa a dimensão reprodutiva e as teses predominantes ao valorizar unicamente a esfera do mercado como o espaço privilegiado para a realização do processo de acumulação capitalista, o sistema relega as mulheres à dimensão privada e remove qualquer evidência de reconhecimento social do seu trabalho produtivo e a necessidade de desenvolver estratégias que permitem sobreviver nestas duas esferas. As mulheres são forçadas a ingressar no mercado de trabalho em piores condições e aceitar ocupações que pagam menos. As tentativas de naturalizar essas relações aparecem nos paradigmas predominantes e uma contraposição a estas abordagens ganham visibilidade entre os movimentos feministas, pesquisadoras e economistas feministas.
O terceiro momento abordará as contribuições teóricas que buscam construir uma explicação para as desigualdades entre mulheres e homens no mundo do trabalho. A hipótese adotada pressupõe que a desigualdade no processo de inserção das mulheres no mundo produtivo tem como causa subjacente e, portanto, como seu ponto de partida, a segregação de gênero e raça/etnia determinada por fatores de ordem material e cultural.
Também se discutirá as condições de incorporação das mulheres no mercado de trabalho na região. A análise tem o objetivo de situar a importância das mulheres no processo de formação de nossas sociedades. A bibliografia inclui contribuições de autoras da sociologia do trabalho e da economia do trabalho, uma vez que ela que vai estabelecer as melhores conexões entre sexos, classes e raças/etnia como estruturantes das relações sociais de sexo e da divisão sexual do trabalho.
- Gênero e trabalho: repensando a definição de trabalho
- Mercado de trabalho e organização familiar: trabalho produtivo e reprodutivo
- As desigualdades estruturais na região: classe, gênero e raça/etnia
- As relações de gênero e as teorias sobre segregação e a discriminação no mercado de trabalho sob a perspectiva de raça/etnia e gênero
- As violências no ambiente de trabalho: moral e sexual
- Políticas de tributação e os impactos sobre a pobreza, a desigualdade e a violência
- Os efeitos das políticas de austeridade para o enfrentamento da violência contra as mulheres e as ferramentas de análise
- Instrumentos, convenções e recomendações internacionais de proteção às mulheres no ambiente de trabalho
- ABRAMO, L.; VALENZUELA, M.E. tempo de trabalho remunerado e não remunerado na América Latina. In: ABREU, A.; HIRATA, H.; LOMBARDI, M.R. (org) Gênero e trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais. Coleção Mundo do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2016.
- BALBO, L. La doble presencia. In: BORDERÍAS, C.; CARRASCO, C.; ALEMANY, C. (org) Las mujeres y el trabajo: rupturas conceptuales. Barcelona-Madrid: Icaria – Fuhem, 1994.
- BENERIA, Lourdes. Introducción. La mujer y el género en la economía: un panorama general. Gender, Development and Globalization. Copyright, 2004
- BURCHELL, Brendan.; HARDY, Vicent.; RUBERY, Jill. And SMITH, Marx. A new method to understand occupational gender segregation in European labour markets. European comisión. Luxembourg: publication office of the European Union. 2014
- CARRASCO, C. La economía feminista: Una apuesta por otra economía. In: VARA, Maria Jesús (coord.). Estudios sobre género y economía, Madrid: Ed. Akal, 2006.
- ________________. La sostenibilidad de la vida humana: ¿un asunto de mujeres? Barcelona: Revista Mientras Tanto, n. 82. Icaria Editoral, 2001.
- CEPAL, Mulheres afrodescendentes na América Latina e no Caribe Dívidas de igualdade. Publicação das Nações, Unidas. Chie, 2018.
- ESQUIVEL, V. La economía del cuidado em America Latina. Poniendo los ciodados em el centro de la agenda. San salvador: PNUD, 2011.
- OIT. Perspectivas Sociales y del Empleo en el Mundo Tendencias, 2020. Oficina Internacional del Trabajo – Ginebra: OIT, 2020.
- OIT. Perspectivas Sociales y del Empleo en el Mundo: Tendencias 2019 Oficina Internacional del Trabajo – Ginebra: OIT, 2019.
- OROZCO Pérez, Amaia O. Economía del género y economía feminista. ¿Conciliación o ruptura. Revista Venezolana de Estudios de la Mujer. Caracas. Enero-Junho 2005, Vol.10, n. 24
- PICCHIO, Antonella. Visibilidad analítica y política del trabajo de reproducción social. In: CARRASCO, Cristina (ed.) Mujeres y economía. Nuevas perspectivas para viejos e nuevos problemas. Barcelona: Icaria, 1999. p. 201-42.
- RUBERY, J. Women and austerity the economic crisis and the future for gender equality. In: KARAMESSINI, M. & RUBERY, Jill. Women and recession to women and austerity: a framework for analysis. Routledge, 2014.
- SOARES, Cristiane & MELO, Hildete & BANDEIRA, Lourdes. O trabalho das mulheres brasileiras: uma abordagem a partir dos censos demográficos de 1982 a 2010. Trabalho apresentado no XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP. Realizado em São Pedro/SP – Brasil, de 24 a 28 de novembro de 2014.
- YUONG, Kate. Reflexiones sobre cómo enfrentar las necesidades de las mujeres. In: GUZMÁN, V. Portocarrero y VARGAS, P.Y. (comps.). Una nueva lectura: género en el desarollo. Lima: Flora Tristán Ediciones, Col. Entre Mujeres, 1991.
- TEIXEIRA, M. A economia feminista e a crítica ao paradigma econômico predominante. Temáticas, v.26, n.52, p.135-166, dez.2018.
- ZARETSKY, Eli. O Capitalismo, a família e a vida privada. Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1976.
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Preguntas frecuentes
Los requisitos básicos para cursar un seminario son:
- Disposición de al menos 4 horas a la semana para dedicar al cursado del seminario.
- Acceso a internet.
- Razonable manejo de las herramientas de comunicación e informática.
- Manejo del idioma en el que será dictado el curso. Los idiomas oficiales son español y portugués.
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