Artes, Ativismos e Memórias: os arquivos das histórias dos povos

 Artes, Ativismos e Memórias: os arquivos das histórias dos povos


Seminario 2325

COORDINACIÓN: Marisa Ramos Gonçalves, María Paula Meneses e Iolanda Vasile (CES – Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra)

EQUIPO DOCENTE: Camilo Sousa (Realizador, Ébano Multimédia, Moçambique); Claudia Howald (CES, Universidade de Coimbra, Portugal); Fabián Cevallos Vivar (Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa, Portugal); Ifigenia Garcés Urrutia (Directora, Escuela Artística e Cultural Mojiganga, Colômbia); Inês Nascimento Rodrigues (CES, Universidade de Coimbra, Portugal); Yara Monteiro (Escritora, Angola); Iolanda Vasile (CES, Universidade de Coimbra, Portugal); Lara Sousa (Realizadora, Moçambique); Maria Paula Meneses (CES, Universidade de Coimbra, Portugal); Marisa Ramos Gonçalves (CES, Universidade de Coimbra, Portugal); Raquel Ribeiro (Instituto de História Contemporânea, FCSH/NOVA, Portugal); Vannessa Hearman (Faculty of Humanities, Curtin University, Australia).

Inicio: 28/08/2023 | Inscripción: 23/06/2023 al 27/08/2023

Carga horaria: 12 semanas – 90 horas.


Em muitas sociedades do Sul global, profundamente marcadas pela relação colonial, o conhecimento sobre a sua história é construído sobre pressupostos, metodologias e fontes que perpetuam a manutenção de perspetivas eurocêntricas. Esta é uma herança colonial que se pretende substituir por uma agenda de produção de conhecimentos plurais e traduções interculturais, partindo de um olhar analítico sobre as histórias orais, coletivas e pessoais, a partir das artes e dos espaços de criatividade.

O seminário apresenta pesquisas realizadas em vários contextos sociais e políticos, refletindo sobre como a educação das novas gerações sobre as histórias e lutas por justiça social têm encontrado nas expressões culturais e artísticas como o cinema, a literatura, o teatro, a música, as artes plásticas, as narrativas orais, as artes de rua, meios privilegiados para comunicar, produzir conhecimentos sobre essas histórias e as suas identidades culturais.

Este curso tem por objetivo central ajudar a preencher as lacunas da “biblioteca colonial” (Mudimbe, 1988), analisando a história dos povos guardadas noutras bibliotecas, cartografias e arquivos que contêm conhecimentos, expressões artísticas e culturais anteriormente relegadas para o plano da oralidade, da subjetividade, do "atraso civilizacional" e falta de rigor científico, por não corresponderem ao cânone do conhecimento europeu (Meneses, 2016). Desenvolvido a partir da proposta teórico-metodológica da sociologia das ausências e das emergências de Boaventura de Sousa Santos, este curso tem por objetivo dar visibilidade a factos e atores/as que têm sido ativamente produzidos como inexistentes pelas dominantes. A partir dos desafios que as Epistemologias do Sul colocam – dar voz aos que o cânone eurocêntrico não ouve e promover uma tradução intercultural entre experiências e lutas – este curso escolhe análises multidisciplinares e situadas, com base na história oral, estudos pós-coloniais, estudos culturais e artísticos, como abordagem privilegiada para desconstruir o silenciamento produzido por interpretações hegemónicas. Para amplificar a diversidade reflexiva e metodológica, o curso integra um grupo diversificado de docentes, incluindo artistas e académicos/as. Estes e estas apresentarão os seus contributos aos debates através de aulas online síncronas e assíncronas; estas aulas serão acompanhadas de textos analíticos, filmes e fotografias que permitem enriquecer o conhecimento sobre as realidades tratadas durante o curso. Enquanto proposta teórica e metodológica, este seminário sobre a história e as memórias de lutas no Sul global oferece aos/às estudantes ferramentas que possibilitem (re)aprender a escutar, conhecer e aprofundar as epistemologias do sul, fornecendo-lhes inspiração e ferramentas que serão úteis para o desenvolvimento dos seus trabalhos de investigação-ação, nas suas práticas artísticas e intervenções cidadãs.

  • Quando a argila descobre histórias vividas por mulheres
  • Filmando a construção da nação moçambicana – desafios e realizações
  • Música e Lutas de Libertação: resistência, anticolonialismo e memória
  • Literatura enquanto arquivo vivo: a obra de Yara Monteiro
  • O “arquivo histórico intergeracional” em Timor-Leste
  • Performar el cuerpo-territorio en la favela, una experiencia de la Maré, Rio de Janeiro
  • Arte de protesto na Indonésia e Timor-Leste durante o autoritarismo e a democratização
  • Disputas pela história, disputas pela memória em Angola e Cuba: o papel da literatura
  • Juventudes afrocolombianas, activismo y arte: otras narrativas cuestionando categorías en los márgenes
  • Balona de Oliveira, Ana (2022), “Elas Aqui: Mulheres Artistas de Angola, de Moçambique e das Diásporas e os Circuitos da Arte Contemporânea”, in Wieser, Doris; Falconi, Jessica (org), DecliNações: Questionando Identidades Nacionais, Género e Sexualidade. Coimbra: CES/Almedina
  • Barros, Miguel de e Redy Wilson Lima (2012), “Rap Kriol(u): o pan-africanismo de Cabral na música de intervenção juvenil na Guiné-Bissau e em Cabo Verde”. Realis – Revista de Estudos Antiutilitaristas e Pós-coloniais 2, no. 2, 88-116.
  • Cevallos Vivar, Fabián (2021). “Corpo-política epistémica: a monstruosidade falante”. AILP-CSH. pp. 1-10. 
  • Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação (2005), Chega! Relatório da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação de Timor-Leste: Resumo Executivo. Díli, Timor-Leste: CAVR, pp. 10-18; 52-59.
  • Costa, Elaine, Barbosa Jorge Luiz (2016). “Rolezinho: Territórios e Territorialidades em Ciberculturas”. Revista Z Cultural. UFRJ: Rio de Janeiro. Pp. 1-8. 
  • Díaz-Boada, S. A. (2017). Genocidio, paramilitares y víctimas en Indonesia. Una revisión del documental The Act of Killing (2012). Jangwa Pana16(1), 76–89.
  • Gonçalves, Marisa Ramos (2016), “As Artes de Rua Em Timor-Leste: Entre o Passado e o Futuro”, em Feijó, Rui (ed.), Timor-Leste: Colonialismo, Descolonização, Lusutopia. Porto: Edições Afrontamento, pp. 477–499.
  • Howald, Claudia (2022, en publicación). “Ciudadanía, ¿por qué no? Prácticas políticas de juventudes afrocolombianas en Quibdó”. Perspectivas Afro.
  • Jaramillo Marín, Jefferson, Érika Parrado Pardo, y Wooldy Edson Louidor (2019). “Geografías violentadas y experiencias de reexistencia. El caso de Buenaventura, Colombia, 2005-2015”. Íconos - Revista de Ciencias Sociales (64):111–36. doi: 10.17141/iconos.64.2019.3707.
  • Memórias Aparições Arritmias, de Yara Nakahanda Monteiro (Companhia das Letras, 2021) por Doris Wieser.
  • Meneses, Maria Paula (2018), “Singing Struggles, Affirming Politics: Mozambique's Revolutionary Songs as Other Ways of Being (in) History”. In Mozambique on the Move, edited by Sheila Pereira Khan; Maria Paula Meneses and Bjørn Enge Bertelsen. Leiden: Brill, 254-278.
  • Noronha, Isabel (2018), “Tacteando o Indizível”, Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP.
  • Ondjaki (2001), Bom dia, camaradas (Lisboa: Caminho). Edição em português
  • Ondjaki (2018), Buen día, camaradas (Buenos Aires: Ed. Puerto de Palos) Edición en español
  • Paramaditha, Intan (2019) Narratives of discovery: Joshua Oppenheimer’s films on Indonesia’s 1965 mass killings and the global human rights discourse, Social Identities, 25:4, 512-522.
  • Rodrigues, Inês Nascimento (2021), Simulação de 1h de emissão da Rádio Libertação (PAIGC), Programa de Rádio. Coimbra: Rádio Universidade de Coimbra.
  • Santos, Boaventura de Sousa (2019). La Desmonumentalización del Conocimiento Escrito y Archivístico, en El fin del imperio cognitivo: La afirmación de las epistemologías del Sur, Madrid: Editorial Trotta. (Pp. 260-268; 276-286)
  • Vasile, Iolanda (2021). ““Essa Dama Bate Bué” e o Cânone Literário Angolano”. Studia UBB Philologia, LXVI, 4, 2021, p. 239 – 250.
  • “As minhas raízes são africanas e as minhas asas são europeias”, entrevista a Yara Monteiro por Doris Wieser.
  • “Mulheres do barro”
  • “Reinata Sadimba, palabras de barro"
  • Filme: Fin (2018). Realização: Lara Sousa. Com Camilo de Sousa e Lara de Sousa.

 



Descuento en un pago  hasta el 25/08

En un pago después del 25/08

CM Plenos

USD 75

USD 150

CM Asociados

USD 95

USD 190

Sin vínculo

USD 95

USD 190


Preguntas frecuentes

Los requisitos básicos para cursar un seminario son:

  • Disposición de al menos 4 horas a la semana para dedicar al cursado del seminario.
  • Acceso a internet.
  • Razonable manejo de las herramientas de comunicación e informática.
  • Manejo del idioma en el que será dictado el curso. Los idiomas oficiales son español y portugués.
Los seminarios tienen una extensión de 10 semanas, más la elaboración de un trabajo final. Se acreditarán 48 horas de trabajo con profesor/a y 90 horas de dedicación total.
Un curso consta de 10 clases, cada una de ellas acompañada por bibliografía de lectura obligatoria, bibliografía complementaria, foros de debate y actividades de formación propuestas por el equipo docente, entregas parciales y un trabajo final. La cursada es virtual y asincrónica. Algunos/as docentes pueden proponer actividades sincrónicas. En esos casos, el horario y la fecha serán acordados previamente entre el equipo docente y los/as estudiantes, a fin de garantizar la participación de todos/as. Para la aprobación del seminario se requiere participar en al menos el 80% de los foros de debate y las actividades propuestas por los/as docentes, haber cumplido con las entregas parciales pautadas y aprobar el trabajo final.

 



Descuento en un pago  hasta el 25/08

En un pago después del 25/08

CM Plenos

USD 75

USD 150

CM Asociados

USD 95

USD 190

Sin vínculo

USD 95

USD 190

Las formas de pago posibles son por tarjeta de crédito, transferencia y depósito bancario.